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domingo, 19 de janeiro de 2014

Crônica - Uma escolha para sempre




Uma escolha para sempre

Minha mãe sempre dizia, “...não tenha pressa ,escolha bem minha filha e ele deverá ser o melhor marido... “ 

E assim foi, tive oportunidade de conhecer vários, mesmo que me entregasse ainda me parecia que algo ainda faltava, e a busca continuava, sem pressa, na juventude temos muitas oportunidades e fazer a escolha para uma vida não é missão fácil. Envolve satisfação, querer ficar, se dedicar, dar o seu melhor e claro receber na mesma proporção.

O tempo foi passando e tantos... Tantos fui conhecendo, todos foram somando em alguma coisa e a escolha parecia se aproximar a cada dia, já tinha definido o que eu queria levar comigo para o resto dos meus dias.

Foi então que o que um dia foi passageiro, distração, arrebatou meu coração, comecei a investir nele, conhecer mais e mais,e o meu melhor começou a fluir, espontaneamente; sim era amor de verdade, me fazia feliz, me realizava, com o tempo me melhorava como pessoa, e em tudo o mais, ele sempre somou, acrescentou .

Amigos e familiares adoraram quando o apresentei ele tinha lá seus encantos, a cada dia uma surpresa agradável, cheio de vida, me fazia desligar do mundo quando juntos e no final de tudo um prazer indescritível. Ao contrário de muitos, ele me supria com mimos eventuais, alguma jóia desejada na vitrine, um par de sapatos da moda para aquela noite especial, além de me proporcionar grandes momentos de lazer e cultura. Sim ele é especial!

O amor que tanto busquei,me fez conhecer as belezas do mundo, a delicadeza das flores,apreciar um lindo por de sol, ver o mar com mais profundidade, na verdade ele me ensinou a enxergar a vida como um todo em seus mínimos detalhes, muito mais colorido.

Ah! Nem percebo as tantas horas a ele dedicadas, passam tão rápido... Confesso que muitas vezes me tira até o apetite, uma completude sinto quando ali estamos , eu e ele nos olhando fixamente em uma troca linda de paz, amor e harmonia.

Hoje quando lembro de minha mãe tempos atrás me aconselhando a não ter pressa e escolher aquilo que me realizasse sem preocupar-me com alguns desgastes naturais mas que fazem parte ,sou grata, pois resolvi me casar com a arte, e o meu trabalho como disse minha sábia mãezinha foi o melhor marido que eu poderia conquistar.

Daisi Oliveira de Souza

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Amor Voraz - Daisi Oliveira de Souza





Amor Voraz


Palavras  incompletas  balbuciadas,
Na pele  descritas  com  arrepios
Vertem da garganta  alucinadas
Irrigando os corpos como água de rio,

Na fronte, sinto o calor ofegante,
Segredos atrevidos penetram os ouvidos,
Nos lábios  o sabor do mais puro manjar
No olhar, o  lampejo  do brilhante;

Jogo de cartas  marcadas ...
Suspiros  que cortam palavras
Preenchem as madrugadas,

Se  da tua boca roubo um beijo,
Mais  aumenta  o teu   desejo
E  as noites  são eternizadas.

***


Daisi Oliveira de Souza
Jan/2014
Lei 9610/98

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Mãos Vazias - Daisi Oliveira de Souza






Mãos Vazias


Tantas  vezes me despi  das vestes
Ainda que o frio de alguns  dias  fosse leve
Vestida apenas da luz  tênue 
Em uma hora (sagrada) doce e breve...

Perdi meus tesouros por  este  caminho,
Em uma ingênua peregrinação
Levando na alma o peso de uma paixão;

Egoísta quis deter em minhas mãos
O mar que  minha alma refrescava
Trazendo  lindas pedras  verdes
Que o meu colo adornava...

Como deter um oceano...
Que banha tantas  ilhas (isoladas),
E que somente na madrugada
Pode receber o brilho da lua
E repousar em lençol de prata?

Mesmo que travasse suas mãos as minhas
Ficariam  igualmente vazias
Pois assim como o mar quer “banhar”,
As  andorinhas  desejam  voar
Quando amanhece o dia.

***
Daisi Oliveira de Souza
Janeiro 2014


9610/98

domingo, 12 de janeiro de 2014

Cinzas ao Vento



Cinzas ao Vento



Quero minhas cinzas jogadas ao vento,
Entre árvores  frondosas  e  flores maravilhosas,
Desejo  ser o adubo de pequenos  arbustos
Que levam  em seu   “corpo”  diversas  curas;
Quero  misturar-me  com as águas do riacho
Que segue  feliz... Plácido,
Serpenteando - serra  abaixo ,

Unir-me  definitivamente a natureza,
Vibrar  a  vida em  toda  a sua  beleza,
Voar  entre  a mata junto aos pássaros
Descansar no frescor de  uma folha  qualquer,
Romper com  todos os limites
E  da Terra, sentir  um caloroso abraço.

*******

Daisi Oliveira de Souza
Jan/2014
9610/98