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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Mãos Vazias - Daisi Oliveira de Souza






Mãos Vazias


Tantas  vezes me despi  das vestes
Ainda que o frio de alguns  dias  fosse leve
Vestida apenas da luz  tênue 
Em uma hora (sagrada) doce e breve...

Perdi meus tesouros por  este  caminho,
Em uma ingênua peregrinação
Levando na alma o peso de uma paixão;

Egoísta quis deter em minhas mãos
O mar que  minha alma refrescava
Trazendo  lindas pedras  verdes
Que o meu colo adornava...

Como deter um oceano...
Que banha tantas  ilhas (isoladas),
E que somente na madrugada
Pode receber o brilho da lua
E repousar em lençol de prata?

Mesmo que travasse suas mãos as minhas
Ficariam  igualmente vazias
Pois assim como o mar quer “banhar”,
As  andorinhas  desejam  voar
Quando amanhece o dia.

***
Daisi Oliveira de Souza
Janeiro 2014


9610/98

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