Mãos
Vazias
Tantas vezes me despi das vestes
Ainda
que o frio de alguns dias fosse leve
Vestida
apenas da luz tênue
Em
uma hora (sagrada) doce e breve...
Perdi
meus tesouros por este caminho,
Em
uma ingênua peregrinação
Levando
na alma o peso de uma paixão;
Egoísta
quis deter em minhas mãos
O
mar que minha alma refrescava
Trazendo lindas pedras
verdes
Que
o meu colo adornava...
Como
deter um oceano...
Que
banha tantas ilhas (isoladas),
E
que somente na madrugada
Pode
receber o brilho da lua
E
repousar em lençol de prata?
Mesmo
que travasse suas mãos as minhas
Ficariam igualmente vazias
Pois
assim como o mar quer “banhar”,
As
andorinhas desejam voar
Quando
amanhece o dia.
***
Daisi
Oliveira de Souza
Janeiro
2014
9610/98
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