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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mãos do Amor - Daisi Oliveira de Souza




Mãos  do  Amor

As mãos que se estendem  com caridade
Não tem os dedos  rígidos - é flexível
Sucumbe sua dor -  doa  seu amor,
Reconhece a sua própria imortalidade

Sabe  que é vulnerável as tempestades
Chora as dores  de toda a  humanidade
Refugiadas sob a sombra da árvore da vida
Recolhe  os frutos  a tempos  semeados

E por saber  da existência da eternidade
Cultiva a fé, crê no bem, e sua guarida
E para a vida, sempre  de mãos estendidas  

A alma que  em sua jornada  busca a calma
O bem estar  de todas as nações e a  si mesma
Une-se  ao  exército dos Seres de Boa Vontade

****

Daisi Oliveira de Souza
Junho 2014
9610/98

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Cantiga de Roda


Cantiga de roda

Na ciranda das crianças
o vento alegre deita e  rola
nos  velozes  rodopios da infância
em  soltos  cabelos  se embola

Cantem  e dancem lindas crianças
Ponham   um sorriso  nos  lábios
Pois em cada passo desta  dança
Fervilham  momentos  mágicos

Girem a roda de mãos  dadas
Nessa  ingênua brincadeira
Sabem os anjos e as estrelas
Que   esta  fase  é  passageira

***

Daisi Oliveira de Souza
Junho/2014
9610/98

terça-feira, 24 de junho de 2014

Araucária - Daisi Oliveira e Souza


Araucária



Deixe-me apreciá-la linda dama

Com seus ramos de verde intenso

Galhos longilíneos dirigidos ao céu

Com a altivez de quem tanto te ama



Recostada em teu tronco já vivido

Sinto as dores do machado ali batido,

Na teimosia que te é peculiar – Brotas

Novos ramos para a natureza adornar



Com minhas mãos poderia alcançá-la

Tomar em tua taça o néctar da beleza

Se não fosse o ato uma grande proeza



Em tuas delicadas pinhas posso o canto ouvir 

Na hora da colheita a alegria  em  bem servir

a terra dos pinheirais onde teimas em existir



Daisi Oliveira de Souza

Lei 9610/98

In “ Sob O Meu Olhar”

domingo, 22 de junho de 2014

Vazio - Daisi Oliveira de Souza


VAZIO




Em teus lábios já fui um anjo,
Ainda que deposta do paraíso
Fiquei ao teu lado
Para manter o teu sorriso...

Em teu mundo obscuro
Fui a luz no fim do túnel
Mostrei a saída...
E tu?
Preferiste a vida no submundo

Em teu corpo fui o alento
Provi cada célula com beijos e carícias
E Tu?
Mexeste em minhas feridas...

Dei-te o meu abrigo
Muitas vezes o ombro amigo
Que deixaste em total abandono
E o amor rejeitou...

Agora, choras o vazio, lágrimas sofridas
Tateias no negrume da alma
Não encontras mais as mãos
Que sempre estiveram estendidas.

*** 
Daisi Oliveira de Souza
Lei 9610/98
In “ Sob O Meu Olhar”

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Sonhos de Menina - Daisi Oliveira de Souza




Sonhos  de Menina

O ar fresco que vem a memória
Vê ainda  a menina   sorridente
Em  altos  vôos  no balanço
Voando  todos os seus  sonhos
Nos  cabelos  as ondas,  embaladas  pelo vento
Ainda  não lhe  traziam constrangimento,

Em seus desenhos ficava  explícito...
A vida não  continha  nenhum risco.

Pobre   criança sonhadora...
Pintou seu castelo  com o mais puro dourado,
No tronco da árvore o amor  fora entalhado...
Mas a dor  no  viver  foi avassaladora

Porém,  não é feita  de sonhos a existência
E a  menina  hoje uma  mulher,
Despertou para  uma  nova  vida
Está pronta  para o que der  e vier
Não fez amizade  com a  desistência .

****

Daisi Oliveira de Souza

Junho 2014

Dia Fora do Tempo - Daisi Oliveira de Souza




Dia  Fora  do Tempo

Aguardei  com calma os dias seguintes,
Sempre  foi-me dito  “não  será para sempre”,
Contudo, a alegria  ainda estava  presente,
Balbuciava vez  em quando algumas canções,
Dias  frios ( obviamente), aquecidos  por cartas,
Essas, alimentavam todas  minhas  emoções...

Nesta  cidade o vento corta, estou coberta  de cicatrizes,
Vez ou outra o sol aparece  e   mata a saudade,
Pobre dela,  ainda  sofreu  com tanta maldade...
Meses  foram passando  e eu aguardando...
Quando chegaria  o grande  dia?
A  felicidade  inda  que cega desejava-me  bom dia!
 A  esperança pela  janela  me sorria.

Ora  Mestre! Não  fostes claro  comigo,
Se o para sempre  não existe, o viveria ao menos um dia!

Passaram-se tristes e   longos  anos  ...   
A paisagem não é  mais a mesma...
O inverno  perdurou - congelando meus planos,
Sobre  a escrivaninha deixei as cartas amareladas
Que triste  sina a minha ,
 Não  ouvir o bater  a porta  e as nossas  risadas.

Daisi Oliveira de Souza
Junho 2014

sábado, 7 de junho de 2014

Ave de Rapina - Daisi Oliveira de Souza



Pelas  frestas  da vida,
Cantamos nossos sonhos,
Bebemos  nos  choros,
Olhamos  nosso abandono.

Casebre  mal feito,
Torto até!
Sem altura  no pé direito,

Valha-me Deus!

De que  vale  tanto sofrimento!
Aqui  soltos sem argumentos...
Somos  todos seres imperfeitos,

Não  duvido da  tua  bondade,
Só me  espanta  tanta  maldade
Vinda   sei  lá  donde...
Ceifando   vidas com direitos
Nunca  esclarecidos  pelos  homens!

Ah! Tua  língua de fogo  que  fere!
Os  mais  empobrecidos
Sedentos  por pão e comida
E  por ti  eternamente  perseguidos!

Voa longe  ave negra de rapina !
Deixa  teu  povo sem  a mesma,
Não sirva  tua  dignidade  lesa!

Mais  vale  um mês de batalha,
Que  a  vergonha  a  mesa!

******

Daisi Oliveira  de Souza
Junho  2014
Lei 9619/98

In Versos  & Inversos