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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Macieira - Daisi Oliveira de Souza





MACIEIRA


Ouço no silêncio suaves  cânticos
Sinto  o fluir  da paz  que  enebria,
Deixo-me  envolver  pela  alegria
Envolta em vários  tons  românticos.

Penso -  Serei   o  sonho de alguém?
Caibo em corações  sem   desdém?
Em um vago e profundo  suspiro,
Pairam  dúvidas  e algum  alívio.

É certo que ando  um tanto preguiçosa,
Sofrer de amor  não  me  faz  mais  viçosa,
Nutro  o sabor da  fruta  fresca das manhãs

Ainda   que em sonho,a vida  ideal
tem  árvores  frondosas  no quintal,
Onde colho o doce sabor das  maçãs.

****


Daisi Oliveira de Souza
Agosto 2014
Lei  9610/98

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Caminhos Dolosos - Daisi Oliveira de Souza


Caminhos  Dolosos

Se me tens  como espelho, pobre de ti,
Não vês que  tenho os lados tortos?
Na alma carrego o desencanto que não sorri,
Na face, carrego o peso dos falsos ósculos,

Se um dia calçares  meus  gastos  mocassins
Irás  saber  que a estrada  foi tortuosa e longa,
Não queiras, nem desejes o quê  pertence a mim
Podes não  querer  carregar as minhas sombras,

Aguardo  meu dia  com cautela  e  paciência
Pois  sei, que  ao soar  a  grande  trombeta,
Deverei  estar  livre de certa  inconsciência.

Escaldar  minhas lágrimas  em brancas nuvens
Alçar  vôo para  dimensões  ora desconhecidas
E  finalmente,entregar-me a eterna e bela  vida .


***

Daisi Oliveira de Souza
Julho 2014
Lei 9610/98

sábado, 5 de julho de 2014

Embaraçada - Daisi Oliveira de Souza


EMBARAÇADA

Não me sinto bem...
Sinto-me  cada vez mais
Distanciada  de tudo,
Cultuando meu próprio mundo,

Dizem ser  sintomas normais
Daqueles que não se vêem iguais,
  pela dúvida arrebatados
Buscam a Verdade  com fervor.

Quem sou  eu?
Pelas ruas me sorriem
Como se conhecida fosse
Sem nenhum  temor,
Como pode? 
Se vivo em busca de mim mesma
Sem ter  alguma certeza?

“Prazer em conhecê-la!”
Serei  a única  a desconhecer-me?

Não me sinto  bem...

Minhas  buscas vão muito além,
Meu Eu  é por demais  profundo
Não consigo   alcançá-lo por completo
E nem ficar a vontade  neste  mundo,

Reconheço partes  soltas e uno-as minhas
Tecendo a teia que envolve  o Ser,
Ainda  não sei  se tem algum parecer
Com   aquele me  criou
E  com o quê me tornei.

Não me sinto bem...

*** 

Daisi Oliveira de Souza
Julho 2014
9610/98

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Pés no Chão - Daisi Oliveira de Souza



Pés no Chão

Algo inesperado aconteceu, sinto a calma do  vazio
Meu coração emudeceu, a dor de antes, não  mais maltrata,
Fui salva  “por um fio”...
Linha tênue, que separa  a loucura da razão,

Ouvi sem querer o barulho  dos meus passos,
Na calçada, demonstravam  um certo cansaço
Na vidraça o  reflexo quase morto – pedi perdão,
Não mais seria a alma angustiada que  por ali passava,

Desistiria  da tristeza que ali vivia - dei-me um abraço,
Troquei os calçados - pois  em saltos altos me equilibrava,
Calcei   algo mais confortável para  firmar os  pés ao chão,
Olhando mais para  o horizonte, pude  encontrar amigos

Não ouço mais o barulho que me lembrava  um relógio antigo
Contando cada segundo de  uma vida que  ali passava ...
Caminho  com passos firmes, posso até de alegria saltitar
E outra vida  em meu  coração posso  ouvir pulsar

***

Daisi Oliveira de Souza
Julho 1014
9610/98

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mãos do Amor - Daisi Oliveira de Souza




Mãos  do  Amor

As mãos que se estendem  com caridade
Não tem os dedos  rígidos - é flexível
Sucumbe sua dor -  doa  seu amor,
Reconhece a sua própria imortalidade

Sabe  que é vulnerável as tempestades
Chora as dores  de toda a  humanidade
Refugiadas sob a sombra da árvore da vida
Recolhe  os frutos  a tempos  semeados

E por saber  da existência da eternidade
Cultiva a fé, crê no bem, e sua guarida
E para a vida, sempre  de mãos estendidas  

A alma que  em sua jornada  busca a calma
O bem estar  de todas as nações e a  si mesma
Une-se  ao  exército dos Seres de Boa Vontade

****

Daisi Oliveira de Souza
Junho 2014
9610/98

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Cantiga de Roda


Cantiga de roda

Na ciranda das crianças
o vento alegre deita e  rola
nos  velozes  rodopios da infância
em  soltos  cabelos  se embola

Cantem  e dancem lindas crianças
Ponham   um sorriso  nos  lábios
Pois em cada passo desta  dança
Fervilham  momentos  mágicos

Girem a roda de mãos  dadas
Nessa  ingênua brincadeira
Sabem os anjos e as estrelas
Que   esta  fase  é  passageira

***

Daisi Oliveira de Souza
Junho/2014
9610/98

terça-feira, 24 de junho de 2014

Araucária - Daisi Oliveira e Souza


Araucária



Deixe-me apreciá-la linda dama

Com seus ramos de verde intenso

Galhos longilíneos dirigidos ao céu

Com a altivez de quem tanto te ama



Recostada em teu tronco já vivido

Sinto as dores do machado ali batido,

Na teimosia que te é peculiar – Brotas

Novos ramos para a natureza adornar



Com minhas mãos poderia alcançá-la

Tomar em tua taça o néctar da beleza

Se não fosse o ato uma grande proeza



Em tuas delicadas pinhas posso o canto ouvir 

Na hora da colheita a alegria  em  bem servir

a terra dos pinheirais onde teimas em existir



Daisi Oliveira de Souza

Lei 9610/98

In “ Sob O Meu Olhar”

domingo, 22 de junho de 2014

Vazio - Daisi Oliveira de Souza


VAZIO




Em teus lábios já fui um anjo,
Ainda que deposta do paraíso
Fiquei ao teu lado
Para manter o teu sorriso...

Em teu mundo obscuro
Fui a luz no fim do túnel
Mostrei a saída...
E tu?
Preferiste a vida no submundo

Em teu corpo fui o alento
Provi cada célula com beijos e carícias
E Tu?
Mexeste em minhas feridas...

Dei-te o meu abrigo
Muitas vezes o ombro amigo
Que deixaste em total abandono
E o amor rejeitou...

Agora, choras o vazio, lágrimas sofridas
Tateias no negrume da alma
Não encontras mais as mãos
Que sempre estiveram estendidas.

*** 
Daisi Oliveira de Souza
Lei 9610/98
In “ Sob O Meu Olhar”

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Sonhos de Menina - Daisi Oliveira de Souza




Sonhos  de Menina

O ar fresco que vem a memória
Vê ainda  a menina   sorridente
Em  altos  vôos  no balanço
Voando  todos os seus  sonhos
Nos  cabelos  as ondas,  embaladas  pelo vento
Ainda  não lhe  traziam constrangimento,

Em seus desenhos ficava  explícito...
A vida não  continha  nenhum risco.

Pobre   criança sonhadora...
Pintou seu castelo  com o mais puro dourado,
No tronco da árvore o amor  fora entalhado...
Mas a dor  no  viver  foi avassaladora

Porém,  não é feita  de sonhos a existência
E a  menina  hoje uma  mulher,
Despertou para  uma  nova  vida
Está pronta  para o que der  e vier
Não fez amizade  com a  desistência .

****

Daisi Oliveira de Souza

Junho 2014

Dia Fora do Tempo - Daisi Oliveira de Souza




Dia  Fora  do Tempo

Aguardei  com calma os dias seguintes,
Sempre  foi-me dito  “não  será para sempre”,
Contudo, a alegria  ainda estava  presente,
Balbuciava vez  em quando algumas canções,
Dias  frios ( obviamente), aquecidos  por cartas,
Essas, alimentavam todas  minhas  emoções...

Nesta  cidade o vento corta, estou coberta  de cicatrizes,
Vez ou outra o sol aparece  e   mata a saudade,
Pobre dela,  ainda  sofreu  com tanta maldade...
Meses  foram passando  e eu aguardando...
Quando chegaria  o grande  dia?
A  felicidade  inda  que cega desejava-me  bom dia!
 A  esperança pela  janela  me sorria.

Ora  Mestre! Não  fostes claro  comigo,
Se o para sempre  não existe, o viveria ao menos um dia!

Passaram-se tristes e   longos  anos  ...   
A paisagem não é  mais a mesma...
O inverno  perdurou - congelando meus planos,
Sobre  a escrivaninha deixei as cartas amareladas
Que triste  sina a minha ,
 Não  ouvir o bater  a porta  e as nossas  risadas.

Daisi Oliveira de Souza
Junho 2014

sábado, 7 de junho de 2014

Ave de Rapina - Daisi Oliveira de Souza



Pelas  frestas  da vida,
Cantamos nossos sonhos,
Bebemos  nos  choros,
Olhamos  nosso abandono.

Casebre  mal feito,
Torto até!
Sem altura  no pé direito,

Valha-me Deus!

De que  vale  tanto sofrimento!
Aqui  soltos sem argumentos...
Somos  todos seres imperfeitos,

Não  duvido da  tua  bondade,
Só me  espanta  tanta  maldade
Vinda   sei  lá  donde...
Ceifando   vidas com direitos
Nunca  esclarecidos  pelos  homens!

Ah! Tua  língua de fogo  que  fere!
Os  mais  empobrecidos
Sedentos  por pão e comida
E  por ti  eternamente  perseguidos!

Voa longe  ave negra de rapina !
Deixa  teu  povo sem  a mesma,
Não sirva  tua  dignidade  lesa!

Mais  vale  um mês de batalha,
Que  a  vergonha  a  mesa!

******

Daisi Oliveira  de Souza
Junho  2014
Lei 9619/98

In Versos  & Inversos

sábado, 31 de maio de 2014

Livro Sem Capa - Daisi Oliveira de Souza



O  passar do tempo não perdoa,
Vem o desgaste
A forma já não é tão  boa...
Interno e externo e seus contrastes,
Prosas e versos
Em páginas amareladas
Alinhavam histórias  
De  vidas  desalinhadas...
O pó que encobria suas  letras
Se expandiam  em pequenas  silhuetas
De amores  vividos
E esperanças  perdidas,
Nem mesmo o odor  do  bolor
Afetava  os  sentidos,
Livro  sem  capa...
Tanta  fragilidade, qual pétala  de flor
Se não bem manuseada
Perde  o viço e o vigor,
Insisto na leitura,
Releio cada  linha
Encharcada  de amor.


***


Daisi Oliveira de Souza
Maio/2014

Lei 9610/98

Versos & Inversos 1

















Além da Névoa - Daisi Oliveira de Souza



Meus pensamentos embaçam
Vendo a  neblina fria  que   levanta
Existe   no silêncio um vazio
Que  corta toda esperança,
Contudo,  a névoa se  recolhe
Deixa  o sol  surgir
E novamente  em meus olhos
Percebo  a vida   sorrir

***

Daisi Oliveira de Souza
9610/08

Maio 2014

Ecos da Saudade - Daisi Oliveira de Souza



Saudade  tem cheiro,
Tem nome e endereço,
Tem emoção em  fotografia,
Mas  também tem seu preço,

Tem mesa vazia...
Tem a canção de um dia,
Tem  o eco do riso saudoso
Que no portão batia,

Um bom  tempo vivido
No bate  papo gostoso
Em um bem viver  desmedido,

Saudade,  tem  descendentes,
Dos dias  de amor  vividos
E as lembranças  ainda  presentes.
 


Daisi Oliveira de Souza
Maio/2014

9610/98

quarta-feira, 30 de abril de 2014


MORTE   SÚBITA

Aquilo que me leva as alturas
Descarrila meus medos,
Deixo-os caírem  como suicidas
Num abismo - a esmo,
Pobres  medonhos têm morte  súbita,
Antes  mesmo de  tocarem o solo,
São entregues ao vazio profundo,
Sem força, nem crueldade,
Afastaram-se  do meu mundo,
Ah!  Como a morte é prazerosa
Enquanto se tem vida!
Renascemos como a rosa,
- Sem perder a identidade -

Daisi  Oliveira de Souza

30 Abril 2014

domingo, 20 de abril de 2014

Edelweiss - A estrela dos Alpes - Lenda



Edelweiss é o nome de uma flor encontrada no alto das montanhas e Alpes da Suíça, da França, da Alemanha, da Áustria, da Iugoslávia e da Itália. Ela se desenvolve nas alturas dessas montanhas. Edelweiss significa "branco precioso" e tem o formato de uma estrela de seis pontas  ( também conhecida como estrela dos Alpes). Dizem que quando você quer presentear alguém que signifique um amor eterno ou uma amizade eterna, dá-se uma flor de Edelweiss a essa pessoa, a flor eterna. Dizem, também, que sua duração depois de desidratada, é de mais de 100 anos. Essa mesma flor hoje é Patrimônio da Humanidade nos países onde ela é encontrada.



A Edelweiss tem uma lenda…


Conta-se que há milhares e milhares de anos – quem poderia contá-los? – surgiu uma montanha num planalto coberto de neve.

Todas as suas vertentes eram escarpas cobertas de neve e gelo, como se fosse uma cobertura rendada. E lá no cimo da montanha, num píncaro inacessível de brancuras imaculadas, encontrava-se a Dama Branca sobre o seu trono de gelo. Vítima de um sortilégio, ali ficara prisioneira das neves eternas, até que um ser humano chegasse até ela e lhe beijasse a mão.

A aventura era considerada impossível porque, ainda que algum audacioso pudesse escalar a alta e íngreme montanha, pequenos gnomos armados de flechas trespassá-lo-iam.

No entanto, um dia, um belo e jovem príncipe quis tentar a escalada perigosa. Chamava-se Dourado. Insensível às súplicas e lágrimas do seu povo, partiu.

Ao atingir o planalto, despediu-se dos seus soldados e começou a subir a montanha.

Quando estava prestes a atingir o pico onde se encontrava a Dama Branca, uma enorme massa do rochedo desprendeu-se e arrastou-o. A Dama Branca que ansiosa e trêmula tinha seguido os seus esforços, desatou a chorar quando viu o seu príncipe precipitar-se no abismo.

E cada uma das suas lágrimas, ao tocarem a neve, transformava-se numa estranha flor, desconhecida até ali. As pétalas dispostas em auréola em volta de um chapelinho de flores amarelo acinzentado, eram brancas e como que recobertas de uma delicada penugem para as proteger do frio.

Pareciam recortadas num tecido suave e irreal, duma beleza delicadíssima, mas severa. Eram os filhos da dor e do rochedo. O vento, acariciando estas flores, levou para longe sementes que foram cair sobre montanhas vizinhas e dessas, passaram depois de novas flores, para outras montanhas… E foi assim que de montanha em montanha chegaram aos Alpes e lembram para sempre a Dama Branca e o seu príncipe Dourado.

Vídeo com a música: https://www.youtube.com/watch?v=sFHujvkacNY&feature=kp




quarta-feira, 9 de abril de 2014

Doce Pranto - Daisi Oliveira de Souza




Doce Pranto

Ingenuidade  minha,
Querer ser a fada madrinha
Dos teus  desencantos,
Nem mesmo sou o travesseiro
Que  dorme em  teu leito
Colhendo tuas  dores!
Seria  mais feliz se por encanto,
Eu fosse tuas lágrimas a escorrer
- Em doce pranto -
Beberias gota a gota como beija flor
E chorarias as lágrimas da alegria.

***

Daisi Oliveira de Souza
Abril 2014
Lei 9610/98

Colorindo a vida - Daisi Oliveira e Souza





Colorindo a vida

Se teu mundo  está  sombrio
Não te aflijas, vai corrigir  cada cantinho,
Pinta  todas as paredes   com sóis incandescentes,
Nos  rodapés,   gramíneas  esmeraldadas,
As portas...  muito bem decoradas
Como portais  para imensos jardins...
Incenso  delicado, perfuma todo o quarto,

Ahhh! As cortinas,
 Tão leves  como  o voar dos cabelos da  menina
Em dias  de  verão ,
Percebes?  Mudou a atmosfera!
Um mundo imaginário desfaz a solidão,
Se a realidade corrói  teus sentimentos,
Usa  o teu lado criança
E dê asas a imaginação

***

Daisi Oliveira de Souza
Abril/2014
Lei9610/98

sábado, 5 de abril de 2014

Artérias - Daisi Oliveira





Desabotoando as Horas - Daisi Oliveira




Bela mentira - Daisi Oliveira de Souza





Bloqueio - Daisi Oliveira de Souza




Mortalha - Daisi Oliveira de Souza





Meus mocassins - Daisi Oliveira de Souza





Fantasia - Daisi Oliveira de Souza